sexta-feira, 16 de maio de 2014

Resenha: Psychedelic pill - Neil Young - 2012


   Álbum: Psychedlic pill
                                                   Artista: Neil Young & Crazy horse
                                                   Ano de lançamento: 2012
                                                   Formação da banda: Neil Young, Poncho Sampedro, Billy  Talbot,   Ralph Molina, Dan Greco.
 
 
Encontrar esse álbum pode ser um pouco difícil, geralmente só importando sob encomenda ou encontrando a pronta entrega em alguma loja especializada do ramo. Eu consegui a pronta entrega na livraria cultura, não muito barato, mas a tabela de preços segue mais ou menos o mesmo padrão (em torno de R$90,00). Vamos deixar a economia pra depois, por quê o que realmente importa é o que vamos ouvir nesse álbum. Que confesso, tinha grandes expectativas.
 
A primeira música: "Drifitin back", hipnotizantes 27 minutos de Neil Young e Crazy horse. A faixa mais longa do álbum (a terceira mais longa da carreira do Neil) pode assustar alguns pela duração. Podem achar que ela fica cansativa e etc. Mas a verdade é que ela não deixa o nível cair em momento algum nos 27 minutos. Ela cria a atmosfera para o que está por vir. "Psychedelic pill" é a segunda, muito boa também. Como o próprio nome sugere tem um efeito psicodélico muito bom, mas eu prefiro a mixagem alternativa no fim do álbum (bônus track), que é mais cru. Mas a ideia é ser psicodélico, tá, tá eu sei. Vamos continuar. Em seguida uma das melhores do álbum: "Rammada inn". Aqui Neil Young (e toda a trupe) mostram estar em forma. Com pouco mais de 16 minutos, nós temos a já usual guitarra de Neil, o apoio entrosado da banda e um ótimo refrão cantado com um "feeling" incrível. A quarta música, pra fechar o primeiro CD (é um álbum duplo) é "Born in Ontario", nada muito especial, talvez a menos interessante do álbum, mas ainda sim é um bom exemplo de um bom folk-pop.
 
No segundo CD, pra abrir é a ótima "Twisted road", uma homenagem a canção "Like a rolling stone" do Bob Dylan. Leve e com ótima letra relembrando os velhos tempos consegue manter o ótimo nível do álbum até agora. "Shes Always dancing" é a próxima, depois de duas músicas mais lentas, nessa Neil volta a agitar com bons solos e boa letra. A quarta é "For the love of man", a mais tranquila do álbum, sem guitarras explodindo os alto falantes ou algum solo insano. Uma canção mais para sentir a letra e refletir. E pra fechar, em altíssimo nível, a melhor do álbum (pelo menos pra mim), o épico de 16 minutos "Walk like a giant". Riffs esmagadores, guitarra pesada e toda a banda mandando bem. Aqui Neil canta o fracasso da busca por um mundo melhor nos anos 60, lamenta a derrota, mas segue em frente, caminhando como um gigante. Simplesmente épico. Direto para o rol das melhores canções da carreira de Neil Young. Depois de uma canção esmagadora e mais de uma hora do bom e velho rock, tomamos mais um "comprimido psicodélico", e seguimos em frente, por que nunca é tarde para mudarmos o mundo.
 
No fim das contas o álbum realmente mostra que, como já cantava Neil Young nos anos 70, o rock nunca morrerá. E é sempre um prazer ver velhos dinossauros tocando no mais alto nível. O único porém, é que em alguns momentos o álbum pode ficar cansativo para quem não for muito fã. Sem dúvida um dos melhores álbuns de rock dos últimos 20 anos, tem tudo para se tornar um clássico no futuro. Obra prima? Só o tempo dirá.
 
Nota: 4/5.
 
 
 



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